Há apenas alguns minutos, esse texto de Marjorie Rodrigues foi postado no blog "O Biscoito Fino e a Massa", de Idelber Avelar.
(Antes de acompanharem minha argumentação, por favor, leiam o texto acima linkado.)
Concordo com muitas coisas ditas ali. Entretanto, creio que a vitória de Dilma diz muito menos à diminuição da violência discriminatória e machista diariamente praticada contra a mulher do que, por exemplo, ao "começo do fim" das oligarquias midiáticas brasileiras. Este último acontecimento, sim, está claramente em curso.
Já o machismo, infelizmente, não será derrubado no Brasil apenas com a provável eleição de Dilma (como diz, aliás, o texto citado). Apesar de isso poder engendrar uma maior participação da mulher na política nacional, fato é que, em nossas práticas cotidianas, as mulheres continuam sendo um grupo extremamente ridicularizado em diversas atividades.
Sendo assim, para que esse quadro mude, devemos utilizar o fator Dilma como uma propulsão para essa luta contra o sexismo. Uma "simples" vitória da mulher em um contexto macro não vai, por si só, causar uma mudança na estrutura de nossa sociedade; o que deve ser buscado, no dia-a-dia, são as pequenas vitórias sobre o machismo. Nada disso, porém, deve ser realizado de maneira isolada: juntamente às pequenas atitudes, as mulheres (e também os homens) conscientes devem espalhar tal consciência para o máximo de pessoas, agindo politicamente.
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